segunda-feira, 4 de julho de 2016

Pensando na Sociedade do Consumo

Depois de algum tempo sem posts o blog volta a ativa! Desta vez temos mais um texto do excelente professor Wanderson Boareto. O capitalismo mostra sua capacidade de transformação através do tempo e espaço. A exploração do trabalhador ainda é real em nossa atualidade. Homens e mulheres enfrentam longas jornadas de trabalho e baixos salários. As 44 horas semanais são uma ilusão. As férias são um discurso dando ênfase ao ócio, estimulando ainda mais o consumismo, e o sofrimento das classes mais baixas que gastam muito em tão pouco tempo.

A chamada melhor distribuição de renda, é um sonho infantil; visto que a segurança não existe, a educação está falida e a saúde não atende as necessidades básicas dos trabalhadores, esses são termômetros de uma sociedade em declínio.
Existem várias políticas públicas que tentam amenizar esta realidade, mas o sistema do capital é feroz! Cria a necessidade do consumo, e relaciona o consumo a felicidade. Estimula a competitividade, mesmo sem condições de igualdade. O pior é que a maioria das pessoas acredita que a vida esta melhorando.
A realidade é outra... as famílias têm acesso a linhas de credito, à obtenção de produtos e serviço que até então pertenciam a uma minoria. Mas existe um contraditório, a maior parte dos produtos e serviços utilizados pelas camadas populares é desnecessária em sua aplicabilidade. Para se entender melhor esta afirmação, vou dar um exemplo simples: uma funcionária com o cargo de auxiliar de limpeza, que tem o salário básico de R$880,00 reais, em uma conversa disse que fez um contrato com uma determinada operadora de celular para ter acesso a internet, no valor de R$90,00 reais. Ela comprometeu mais de 10% do seu salário, em um serviço que ela provavelmente pouco utilizará, pois na sua maioria são pessoas semi-analfabetas e não dominam por completo a tecnologia e muito menos interpretam o manual de instruções. Sua justificativa foi: “Todo mundo tem por que eu não posso ter”.

Isso mostra que o acesso a linha de crédito não é a solução. O consumo é ilusório, mas é um mecanismo de manutenção do sistema do capital. As pessoas estão cada dia mais endividadas. Não existe no Brasil uma política séria a respeito de uma melhor distribuição de renda e de uma formação humana para o uso desta renda dentro das necessidades básicas de sobrevivência. Existe sim, um processo perverso de adestramento social e acadêmico para manter o sistema onde quem pode manda e quem tem juízo obedece.

Wanderson Vitor Boareto

E você, concorda com o que foi dito? Comente aqui seus motivos!

domingo, 12 de junho de 2016

Pensando na Ideologia


  Recentemente eu estava refletindo sobre a política brasileira e vi que muitos dos problemas que enfrentamos é causado pela falta de ideologia dos políticos. Mas como assim falta de ideologia? Por que ela é tão importante? Vamos pensar nisto...

  O sociólogo contemporâneo John B. Thompson oferece uma formulação crítica ao termo ideologia, derivada daquela oferecida por Marx, mas que lhe retira o caráter de ilusão (da realidade) ou de falsa consciência, e concentra-se no aspecto das relações de dominação. Considero a ideologia como um conjunto de ideias que guiam um posicionamento. Ou seja, a ideologia nada mais é que um conjunto de paradigmas que guiam as ações políticas.

  O que acontece hoje com os políticos brasileiros é a total falta de ideologia. Ou o descompromisso com ela, pensando demagogicamente e não ideologicamente. São poucos os políticos que agem como deveriam agir, representando ideias e agindo a favor de suas próprias ideologias. Cito como exemplo disto Eduardo Cunha, evangélico e conservador, pode ser visto como um parlamentar de direita. Porém age apenas para seus próprios interesses, e por isto fez campanha para o PT nas últimas eleições, ajudando a eleger Dilma Rousseff. Se Cunha pensasse como um parlamentar deveria pensar, ele não faria isto, defenderia pautas de acordo com sua ideologia.

  Porém nem todos os parlamentares agem desta maneira, existem bons exemplos de deputados e senadores que agem de acordo com os interesses de quem eles representam. Podemos citar do lado da direita Jair Bolsonaro, Marco Feliciano, Ronaldo Caiado entre outros. Do lado da esquerda, Jean Wyllys, Jandira Fhegali e Ivan Valente. Sem entrar no mérito da ideologia em si, esses políticos agem como todos deveriam agir.

  É possível afirmar que se todos os parlamentares seguissem suas linhas ideológicas de maneira firme, teríamos um parlamento melhor e consequentemente um país melhor. O confronto ideológico gera o debate e o debate gera progresso. E o que estamos precisando é de progresso! 

Gostou do texto? Compartilha com seus amigos! Abraços e até semana que vem.


Igor Andrade”

domingo, 5 de junho de 2016

Pensando nas eleições dos Estados Unidos

  O clima político tem sido quente no Brasil. Escândalos e mais escândalos têm sido revelados, políticos e empresários influentes sendo investigados, então é mais do que normal que nossas atenções estejam voltadas para estes acontecimentos. Por conta disto, passa quase despercebida as eleições presidenciais que se aproximam na maior potência econômica do mundo, os Estados Unidos. Vamos pensar um pouco nos candidatos à sucessão de Barack Obama? 

   Bom, o primeiro ponto que precisamos observar é que nos Estados Unidos o sistema de eleições é um pouco diferente do Brasil. Lá, diferentemente daqui os candidatos que querem concorrer a presidência precisam primeiro conseguir a indicação do partido. Como consequência no início da jornada os dois principais partidos (Democrata e Republicano) tem vários candidatos, este ano o partido Democrata (partido do presidente Obama) começou com 6 pré-candidatos. Já o partido Republicano (partido do ex-presidente Bush) começou com 17 pré-candidatos. Atualmente, sobraram apenas 2 pré-candidatos Democratas e 1 Republicano, devido a desistências dos demais. São eles: Hillary Clinton e Bernie Sanders, que disputam a nomeação democrata para a eleição e Donald Trump, do lado republicano. Como um candidato de terceira via, fora do eixo dos dois grandes partidos existe o nome de Gary Johnson, do Partido Liberal. Vamos conhecer um pouco mais sobre eles?

  Começamos com Bernie Sanders, o pré-candidato mais velho na disputa, com 74 anos de idade. Porém, apesar de ser mais velho, Sanders é o político na disputa que tem maior apoio entre os jovens americanos, este apoio todo da juventude pode ser explicado por suas posições progressistas. Se rotula como socialista, é senador por Vermont, um pequeno estado na costa leste dos Estados Unidos. Foca sua campanha na distribuição de renda entre os americanos, no aumento do salário mínimo e no fim da pena de morte. Pesam contra Sanders o fato de ser considerado idealista pela maioria dos americanos, se eleito não terá maioria no congresso para aprovar suas medidas. Tem baixas chances de conseguir ser nomeado pelo partido Democrata e chances mais baixas ainda de ser eleito presidente.

  Outra Democrata é a mulher do ex-presidente Bill Clinton, Hillary Clinton. Hillary é figurinha carimbada na política norte-americana, foi senadora pelo estado de Nova York e secretária de estado do governo Obama. Já tentou ser candidata à presidência dos EUA outra vez, há 8 anos atrás, porém perdeu a indicação para Barack Obama. Se considera feminista, pode ser vista como liberal também, mas muitos a criticam por sua demagogia excessiva. Exemplo dessa demagogia pode ser sua posição quanto ao casamento gay, era contra, mas se tornou a favor quando a pauta se tornou popular. Além disso é uma figura extremamente impopular para os cidadãos norte-americanos. Pretende implementar políticas de controle de armas e a instituição de licença-maternidade. Apesar de todos estes contras, tem grande peso político e por isto é a favorita para conseguir a nomeação do partido Democrata.

 O único Republicano ainda na disputa é o bilionário Donald Trump. Trump pode ser considerado o candidato mais conservador na disputa, extremamente polêmico começou a campanha desacreditado por todos, mas o “Trump Train” avançou e hoje ele conseguiu a nomeação do Partido Republicano. Pesam contra Trump declarações polêmicas dele, dizendo que iria construir um muro entre os Estados Unidos e o México e expulsar todos os muçulmanos e imigrantes ilegais do país. Quer ainda o aumento gradual de acordo com a renda de impostos, privatizar o sistema de saúde e proibir o aborto. Trump é considerado um fanfarrão da política norte-americana, nos debates sempre age com ironia e solta piadas ofensivas contra seus oponentes, porém seu crescimento massivo na pré-campanha o colocam como favorito nas pesquisas para suceder a Barack Obama.

  Correndo por fora desta disputa temos o candidato libertário Gary Johnson. Foi filiado ao partido Republicano, quando ocupou o cargo de Governador do Novo México. Hoje é o candidato do partido Libertário. Johnson propõe o estado mínimo, livre comércio, liberação das drogas e o não intervencionismo dos Estados Unidos nos outros países. Pesam contra ele o fato de estar fora do eixo Republicano-Democrata, então tem bem menos visibilidade na campanha presidencial. Conseguirá participar dos debates em rede nacional caso tenha no mínimo 15% das intenções de votos nas pesquisas. Disputou a eleição de 2012 pelo mesmo partido que está hoje e obteve 1% dos votos válidos. É o azarão da corrida.

  Vemos que não é só por aqui que a política está pegando fogo. As eleições norte-americanas são muito importantes para a política mundial, visto que o presidente eleito terá o dever de conduzir a maior potência mundial e um governo desastroso seria desastroso para o mundo todo. É mais do que importante acompanhar a política externa. Gostou do texto? Compartilhe com seus amigos e comenta aqui embaixo!


Igor Andrade”

domingo, 29 de maio de 2016

Pensando no Brasil (COLABORAÇÃO DE WANDERSON BOARETO)

  Como eu disse no nosso último texto, hoje teríamos uma surpresa no blog. E a surpresa é um texto escrito por meu amigo e mestre Wanderson Boareto. Wanderson é historiador, filósofo, teólogo e bacharel em direito. Uma pessoa inteligentíssima, com um senso crítico aguçado e de opiniões fortes. Fiquem agora com seu excelente texto, que sintetizou um pouco dos problemas políticos do Brasil. Boa leitura! 

  As mudanças políticas no Brasil estão chamando atenção de todos os públicos em todas as esferas de nossa sociedade. Todos os grupos sociais discutem coisas fantásticas como, por exemplo, o impeachment da presidente, tirá-la ou deixá-la. Nesse sentido é bom pensar se quem está analisando tem capacidade técnica para isso. Ou seria somente um achismo? Já que a opinião popular está por toda parte...

  O Brasil não está passando por mudanças políticas, e sim por transformações dos meios políticos, onde existe uma grande diferença. Para haver mudanças reais, as regras teriam que ser mudadas, os estatutos, as normas legais ou até mesmo os costumes sem infringir a CARTA MAGNA (Constituição Federal) que garante o Estado de Direito e a soberania de nossa pátria.
  
  Existe no Brasil uma mentalidade, ainda do tempo dos coronéis, onde os cargos de poder são vitalícios, um exemplo disso são políticos que se elegem durante décadas sem nunca ter tido um projeto de sua autoria votado ou aprovado. Os nomes destes ditos políticos são lembrados somente em períodos de eleições. Isso mostra como “as massas” estão se reproduzindo na articulação politica de nosso país. O velho Marx ensina que a “a democracia é a ditadura da maioria”. 

  Os projetos sociais de nosso país, na realidade, são medidas paliativas de controle da pobreza. Não são efetivas, já que em um sistema capitalista a garantia de melhorias reais na distribuição de renda, está ligada diretamente a criação e garantia de emprego com jornadas justas e salário digno para assim garantir a produção e reprodução das qualidades básicas de sobrevivência. Garantir assim poder de compra, acesso a educação e neste desdobramento segurança e saúde. Povo bem pago não tem que se vender por migalhas.

  Mudança de governo não quer dizer mudança de projeto Brasil. Como descreve Darcy Ribeiro em sua obra “Povo Brasileiro”, pensando neste sentido é bom lembrar que todo o povo tem o governo que merece, como nos ensina Aristóteles no século IV a.C. Sanchez Vásquez em sua obra “Ética” descreve bem a realidade moral de uma nação. O Brasil de 2016 ao meu entender não é uma nação, já que para ser uma nação seu povo teria que ter objetivos comuns, mas percebo que temos apenas objetivos individuais.

  Onde está o erro? Nos políticos? No Estado? Na Justiça?  Se existir algum culpado, é fácil de encontrar... basta olharmos no espelho. Cada ato imoral que cometo, no decorrer de minha vida, é uma afirmação que pertenço á corjas que destrói e mata o sagrado, o justo e o perfeito que vou dar o nome de Brasil.

domingo, 22 de maio de 2016

Pensando na Origem da Política

   Hoje teremos um texto um pouco diferente. Porém continuamos voltados ao estudo e ao pensamento político. Falaremos sobre as origens e definições da política, desde a origem etimológica até a origem histórica. Vamos lá?

     A palavra política vem do grego πολιτικός / politikos, significa "de, para, ou relacionado a grupos que integram a Pólis”. E o que á a Pólis? Simples, Pólis significa cidade. No antigo mundo grego, as Pólis além de cidades eram também estados, ou seja, o politikó (político) era aquele que governava a cidade-estado. A palavra evoluiu para o latim "politicus" e chegou às línguas europeias modernas através do francês "politique" que, em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência dos Estados".

   Muitos pensadores definiram de formas diferentes a política, o primeiro a ter suas ideias amplamente difundidas acerca deste tema foi Aristóteles, que definia a política como “A Política é a ciência que tem por objeto a felicidade humana e divide-se em ética (que se preocupa com a felicidade individual do homem na pólis) e na política propriamente dita (que se preocupa com a felicidade coletiva da pólis)”. Um outro famoso pensador a definir a política foi Maquiavel, que dizia em seu excelente livro O Príncipe “Política é a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o governo".


    Eu defino a política nos dias de hoje como toda relação interpessoal ou intergrupal que envolva troca de interesses de qualquer tipo. Portanto, a política é muito mais abrangente e presente em nossas vidas do que alguns imaginam. Além de ser a política o que mantém uma ordem estrutural na sociedade, sem ela viveríamos em um estado anárquico. Creio que tenha ficado claro a importância que a política tem, portanto é mais importante ainda estudar e pensar nesse tema. Gostou do texto? Compartilha com seus amigos. Semana que vem teremos uma surpresa no blog, até lá!
Igor Andrade"

domingo, 15 de maio de 2016

Pensando na Aristocracia

Em nosso último texto chegamos a conclusão que a democracia é um sistema falido e que precisa urgentemente ser repensado. Estive refletindo e lendo sobre formas alternativas de governo e esbarrei na aristocracia de Aristóteles. A aristocracia pode ser entendida, do ponto de vista histórico, como uma forma de governo que privilegia os mais ricos e poderosos. Porém no sentido etimológico aristocracia significa "Governo dos melhores". E quem seriam os melhores? Os mais estudados.

Aristóteles definia a aristocracia como o poder confiado nos melhores cidadãos, no sentido de possuírem melhor formação moral e intelectual para atender aos interesses do povo, sem distinções de nascimento ou riqueza. Ou seja, o poder de escolha dos representantes políticos sairia de uma população despreparada e passaria para uma parte do povo preparada. 

Hoje é possível afirmar que o conhecimento e o estudo estão disponíveis para qualquer um que tenha força de vontade. Então todos que quisessem poderiam estudar o bastante para poder fazer parte desta aristocracia intelectual, é uma forma mais do que justa de governo. Platão também defendia a aristocracia dizendo que: "O termo aristocracia se fundia na virtude e na sabedora. Caberia, portanto, aos sábios, aos melhores, aos aristocráticos, enfim, dirigir o Estado rumo ao verdadeiro bem".

É óbvio que nunca encontraremos um sistema totalmente justo ou eficaz, dadas as mazelas que o ser humano deixou na política. Porém esta aristocracia intelectual é o mais próximo que podemos chegar de um governo que seja bom de verdade. Espero que um dia atinjamos, enquanto sociedade, um nível intelectual alto o suficiente para que essa aristocracia seja palpável. Por enquanto, continuamos a sofrer com a ditadura da maioria.

Igor Andrade"

domingo, 8 de maio de 2016

Pensando na Democracia

Nosso primeiro texto será sobre um tema muito debatido nos dias atuais, a democracia. Espero que goste e que opine nos comentários. O debate é essencial para a formação intelectual.

Muito se tem debatido sobre a democracia, cuja definição pode ser bem resumida em: sistema de governo onde o poder de escolha dos governantes é soberanamente do povo com um todo. Ou seja, em uma democracia o povo é quem elege seus representantes. É este regime o mais adotado em um mundo onde os problemas políticos são frequentes e a maioria do povo não tem a formação necessária para decidir quem os representará.

É sensato dizer que a política mundial está passando por uma crise moral e institucional, onde os quadros mais vistos são os de descaso com o povo e incapacidade de governar por parte dos líderes. Os direitos que deveriam ser garantidos aos cidadãos são usurpados por verdadeiros lobos travestidos de políticos, que infelizmente são eleitos por estes mesmos cidadãos que estão sendo prejudicados.

Levando em consideração uma população que insiste em eleger estes representantes incompetentes, é possível concluir que este povo não sabe votar. Votam em políticos mentirosos, que propagam falácias e mais falácias para que possam continuar a se eleger. Porém é insensato culpar apenas o povo, como foi dito pelo sociólogo alemão Max Weber “Nas condições das democracias modernas de massa, o líder político é necessariamente um demagogo”. Ou seja, é preciso mentir para se manter vivo politicamente em uma democracia.

O debate acerca deste tema é longo, mas partindo dos pontos que foram expostos é possível chegar a uma conclusão lógica. A democracia não funciona. Infelizmente. Infelizmente pois na teoria a democracia é o sistema mais justo. A democracia dá errado, e ouso dizer que continuará dando, pois dá a um povo despreparado um poder demasiadamente grande. Como diria o saudoso Tio Ben do Homem Aranha, “Com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. E a humanidade ainda não é capaz de assumir essa grande responsabilidade. É preciso assumir que a democracia faliu.

Igor Andrade"

O que importa é o princípio

Olá, tudo bem? Meu nome é Igor e escreverei a partir de hoje neste blog, que criei para ter um espaço onde eu consiga difundir minhas ideias e tentar atingir o maior número possível de pessoas. O símbolo que escolhi para o blog é o jogo de xadrez, que se relaciona com a política na estratégia. Espero que goste dos conteúdos que aqui serão postador e aguardo sua participação e opinião nos comentários!