domingo, 12 de junho de 2016

Pensando na Ideologia


  Recentemente eu estava refletindo sobre a política brasileira e vi que muitos dos problemas que enfrentamos é causado pela falta de ideologia dos políticos. Mas como assim falta de ideologia? Por que ela é tão importante? Vamos pensar nisto...

  O sociólogo contemporâneo John B. Thompson oferece uma formulação crítica ao termo ideologia, derivada daquela oferecida por Marx, mas que lhe retira o caráter de ilusão (da realidade) ou de falsa consciência, e concentra-se no aspecto das relações de dominação. Considero a ideologia como um conjunto de ideias que guiam um posicionamento. Ou seja, a ideologia nada mais é que um conjunto de paradigmas que guiam as ações políticas.

  O que acontece hoje com os políticos brasileiros é a total falta de ideologia. Ou o descompromisso com ela, pensando demagogicamente e não ideologicamente. São poucos os políticos que agem como deveriam agir, representando ideias e agindo a favor de suas próprias ideologias. Cito como exemplo disto Eduardo Cunha, evangélico e conservador, pode ser visto como um parlamentar de direita. Porém age apenas para seus próprios interesses, e por isto fez campanha para o PT nas últimas eleições, ajudando a eleger Dilma Rousseff. Se Cunha pensasse como um parlamentar deveria pensar, ele não faria isto, defenderia pautas de acordo com sua ideologia.

  Porém nem todos os parlamentares agem desta maneira, existem bons exemplos de deputados e senadores que agem de acordo com os interesses de quem eles representam. Podemos citar do lado da direita Jair Bolsonaro, Marco Feliciano, Ronaldo Caiado entre outros. Do lado da esquerda, Jean Wyllys, Jandira Fhegali e Ivan Valente. Sem entrar no mérito da ideologia em si, esses políticos agem como todos deveriam agir.

  É possível afirmar que se todos os parlamentares seguissem suas linhas ideológicas de maneira firme, teríamos um parlamento melhor e consequentemente um país melhor. O confronto ideológico gera o debate e o debate gera progresso. E o que estamos precisando é de progresso! 

Gostou do texto? Compartilha com seus amigos! Abraços e até semana que vem.


Igor Andrade”

domingo, 5 de junho de 2016

Pensando nas eleições dos Estados Unidos

  O clima político tem sido quente no Brasil. Escândalos e mais escândalos têm sido revelados, políticos e empresários influentes sendo investigados, então é mais do que normal que nossas atenções estejam voltadas para estes acontecimentos. Por conta disto, passa quase despercebida as eleições presidenciais que se aproximam na maior potência econômica do mundo, os Estados Unidos. Vamos pensar um pouco nos candidatos à sucessão de Barack Obama? 

   Bom, o primeiro ponto que precisamos observar é que nos Estados Unidos o sistema de eleições é um pouco diferente do Brasil. Lá, diferentemente daqui os candidatos que querem concorrer a presidência precisam primeiro conseguir a indicação do partido. Como consequência no início da jornada os dois principais partidos (Democrata e Republicano) tem vários candidatos, este ano o partido Democrata (partido do presidente Obama) começou com 6 pré-candidatos. Já o partido Republicano (partido do ex-presidente Bush) começou com 17 pré-candidatos. Atualmente, sobraram apenas 2 pré-candidatos Democratas e 1 Republicano, devido a desistências dos demais. São eles: Hillary Clinton e Bernie Sanders, que disputam a nomeação democrata para a eleição e Donald Trump, do lado republicano. Como um candidato de terceira via, fora do eixo dos dois grandes partidos existe o nome de Gary Johnson, do Partido Liberal. Vamos conhecer um pouco mais sobre eles?

  Começamos com Bernie Sanders, o pré-candidato mais velho na disputa, com 74 anos de idade. Porém, apesar de ser mais velho, Sanders é o político na disputa que tem maior apoio entre os jovens americanos, este apoio todo da juventude pode ser explicado por suas posições progressistas. Se rotula como socialista, é senador por Vermont, um pequeno estado na costa leste dos Estados Unidos. Foca sua campanha na distribuição de renda entre os americanos, no aumento do salário mínimo e no fim da pena de morte. Pesam contra Sanders o fato de ser considerado idealista pela maioria dos americanos, se eleito não terá maioria no congresso para aprovar suas medidas. Tem baixas chances de conseguir ser nomeado pelo partido Democrata e chances mais baixas ainda de ser eleito presidente.

  Outra Democrata é a mulher do ex-presidente Bill Clinton, Hillary Clinton. Hillary é figurinha carimbada na política norte-americana, foi senadora pelo estado de Nova York e secretária de estado do governo Obama. Já tentou ser candidata à presidência dos EUA outra vez, há 8 anos atrás, porém perdeu a indicação para Barack Obama. Se considera feminista, pode ser vista como liberal também, mas muitos a criticam por sua demagogia excessiva. Exemplo dessa demagogia pode ser sua posição quanto ao casamento gay, era contra, mas se tornou a favor quando a pauta se tornou popular. Além disso é uma figura extremamente impopular para os cidadãos norte-americanos. Pretende implementar políticas de controle de armas e a instituição de licença-maternidade. Apesar de todos estes contras, tem grande peso político e por isto é a favorita para conseguir a nomeação do partido Democrata.

 O único Republicano ainda na disputa é o bilionário Donald Trump. Trump pode ser considerado o candidato mais conservador na disputa, extremamente polêmico começou a campanha desacreditado por todos, mas o “Trump Train” avançou e hoje ele conseguiu a nomeação do Partido Republicano. Pesam contra Trump declarações polêmicas dele, dizendo que iria construir um muro entre os Estados Unidos e o México e expulsar todos os muçulmanos e imigrantes ilegais do país. Quer ainda o aumento gradual de acordo com a renda de impostos, privatizar o sistema de saúde e proibir o aborto. Trump é considerado um fanfarrão da política norte-americana, nos debates sempre age com ironia e solta piadas ofensivas contra seus oponentes, porém seu crescimento massivo na pré-campanha o colocam como favorito nas pesquisas para suceder a Barack Obama.

  Correndo por fora desta disputa temos o candidato libertário Gary Johnson. Foi filiado ao partido Republicano, quando ocupou o cargo de Governador do Novo México. Hoje é o candidato do partido Libertário. Johnson propõe o estado mínimo, livre comércio, liberação das drogas e o não intervencionismo dos Estados Unidos nos outros países. Pesam contra ele o fato de estar fora do eixo Republicano-Democrata, então tem bem menos visibilidade na campanha presidencial. Conseguirá participar dos debates em rede nacional caso tenha no mínimo 15% das intenções de votos nas pesquisas. Disputou a eleição de 2012 pelo mesmo partido que está hoje e obteve 1% dos votos válidos. É o azarão da corrida.

  Vemos que não é só por aqui que a política está pegando fogo. As eleições norte-americanas são muito importantes para a política mundial, visto que o presidente eleito terá o dever de conduzir a maior potência mundial e um governo desastroso seria desastroso para o mundo todo. É mais do que importante acompanhar a política externa. Gostou do texto? Compartilhe com seus amigos e comenta aqui embaixo!


Igor Andrade”