domingo, 15 de maio de 2016

Pensando na Aristocracia

Em nosso último texto chegamos a conclusão que a democracia é um sistema falido e que precisa urgentemente ser repensado. Estive refletindo e lendo sobre formas alternativas de governo e esbarrei na aristocracia de Aristóteles. A aristocracia pode ser entendida, do ponto de vista histórico, como uma forma de governo que privilegia os mais ricos e poderosos. Porém no sentido etimológico aristocracia significa "Governo dos melhores". E quem seriam os melhores? Os mais estudados.

Aristóteles definia a aristocracia como o poder confiado nos melhores cidadãos, no sentido de possuírem melhor formação moral e intelectual para atender aos interesses do povo, sem distinções de nascimento ou riqueza. Ou seja, o poder de escolha dos representantes políticos sairia de uma população despreparada e passaria para uma parte do povo preparada. 

Hoje é possível afirmar que o conhecimento e o estudo estão disponíveis para qualquer um que tenha força de vontade. Então todos que quisessem poderiam estudar o bastante para poder fazer parte desta aristocracia intelectual, é uma forma mais do que justa de governo. Platão também defendia a aristocracia dizendo que: "O termo aristocracia se fundia na virtude e na sabedora. Caberia, portanto, aos sábios, aos melhores, aos aristocráticos, enfim, dirigir o Estado rumo ao verdadeiro bem".

É óbvio que nunca encontraremos um sistema totalmente justo ou eficaz, dadas as mazelas que o ser humano deixou na política. Porém esta aristocracia intelectual é o mais próximo que podemos chegar de um governo que seja bom de verdade. Espero que um dia atinjamos, enquanto sociedade, um nível intelectual alto o suficiente para que essa aristocracia seja palpável. Por enquanto, continuamos a sofrer com a ditadura da maioria.

Igor Andrade"

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